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Minha Opinião – Novembro 2010

Por ética nunca indiquei livro para ninguém. Eu os leio, de uns eu gosto de outros não, às vezes até mesmo do mesmo autor. Livro é como filme. Cada um tem o seu gosto.

Mesmo sabendo que o tempo é que consagra uma coluna jornalística, arrisquei neste canto que chamo Minha Opinião. É uma forma de externar o que penso sem que haja contestação. Procurei sempre envolver, em um espaço curto, uma palavra coletiva, que transmita algo de diferente em favor da nossa religião. Dediquei grande espaço para juntar-me aos que pregavam que a Umbanda é só brasileira e nada mais, muito embora, ninguém possa imaginar que ela não existisse antes do anuncio de sua fundação.

Sou daqueles que gosta de saber onde pisa e quando posso indico o caminho que conheço para aqueles que querem viver na verdade e fugir das mentiras e da irrealidade. Amo o Pai Maneco. Ele diz coisas incríveis que me fazem pensar. Perguntaram o que era magia e ela simplesmente respondeu: “o desconhecimento”.  Claro, depois que o fenômeno for desvendado o mistério desaparece e com ele a magia perde o efeito. Mas o Umbandista gosta de dizer que é mágico, quando devia dizer que a Umbanda sim é mágica, principalmente aquela parte ainda não desvendada. Mas um dia ela será e o meu velho angolano vai aumentar o seu sorriso, satisfeito que os umbandistas estão cada vez mais conscientes da sua religião.

Voltando a Minha Opinião esse canto está longe de ser propagandista de livros. Por ética nunca indiquei livro para ninguém. Eu os leio, de uns eu gosto de outros não, às vezes até mesmo do mesmo autor. Livro é como filme. Cada um tem o seu gosto. E como estou longe de querer ser um critico literário, sou apenas um leitor. E li agora um livro que me entusiasmou: a História da Umbanda, do Alexandre Cumino. Não é só um livro, mas um marco para se falar da Umbanda de modo diferente. Com uma imensa capacidade e inteligência o autor colocou lado a lado todas as Umbandas existentes e sua diversidade, opiniões, estudos, teorias e esclarecimentos dos mais famosos e competentes críticos da religião, tudo sob um comentário agradável e imparcial.

Apesar disso, ainda deslumbro a possibilidade de que não se discuta mais o preconceito com a Umbanda, fato que é espalhado pelos próprios umbandistas, talvez por falta de ter à mão uma literatura tão esclarecedora como essa obra.

Só para dar uma idéia da abrangência do livro relatado pelo autor, há anos atrás uma pessoa minha conhecida e de origem de minha cidade, o João Paulo de Oliveira Melo disse-me que ia lançar em São Paulo um empreendimento imobiliário ligado com a Umbanda. Esse empreendimento está anotado no livro História da Umbanda, sem se esquecer ter resgatado o nome do médium curitibano Hercilio Maes, que deixou várias obras psicografadas pelo espírito do Mestre Ramatis e do Irmão Atanagildo. É uma obra completa sem imposições filosóficas. Eventuais anotações revelando suas tendências não tira em absoluto o brilho, a inteligência e a importância desta obra.

Essa é Minha Opinião!

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