Anderson Lima Dandones
por Carolina Wanderley
Quando Anderson Lima Dandones começa a falar, logo se percebe que algo muito musical vem por aí. E não é engano!
Ele é um cantor, letrista, compositor e produtor musical, Ogan da gira de segunda-feira, integrante das bandas Mestre Dalma ou Tio Zeppe, e sempre participa das apresentações da nossa Engoma e nas oficinas do terreiro.
Perguntado sobre quem tinha começado primeiro em sua vida, se a Umbanda ou a música, Anderson entendeu que a pergunta era sobre quem tinha começado primeiro na história da humanidade. E a resposta, inusitada, foi que as duas começaram juntas, desde a primeira mãe cantando para o seu bebê e encantando doçura em sua voz, desde os primitivos tambores e oferendas, a Umbanda e a música se misturam.
Na sua vida, a música entrou primeiro. Ele estudou com gente como Liane Guariente, Idioney Rodrigues, Elza Soares, Bah Mamour e Raimundo Rolim, e contou que não tinha absolutamente nenhuma noção do que era a Umbanda até conhecer o Terreiro do Pai Maneco. Mas depois que entrou no terreiro, entendeu que a Umbanda estava na sua vida desde sempre.
Isso é especialmente interessante, já que Anderson tem vários CDs gravados e um caminho longo já trilhado em sua carreira artística. Depois de se tornar um Ogan do Pai Fernando (uma grande responsabilidade para ele), conta o artista, é que se tornou verdadeiramente um percussionista e um artista mais completo. O resultado foi a composição singular, ou em parceria, de diversos pontos: da Preta Velha Felismina, do Índio Tamoio, da Cigana do Mar.
Finalmente, perguntado sobre o que a Umbanda agrega a sua vida profissional, Anderson conta que mais do que só a Umbanda, o grupo de amigos e conhecidos do Terreiro do Pai Maneco para ele representa convergência, comunidade, esclarecimento, incentivo e energia, que ele leva tanto para a carreira musical quanto para sua vida particular!
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