Eu cheguei pela curiosidade, fiquei pela paixão e permaneço pelo amor.
por Vanessa do Nasc. Correia – Gira de quinta
Fui ao Terreiro pela primeira vez de curiosa mesmo e morrendo de medo de chegar lá e me deparar com um lugar escuro, cheio de galinhas mortas, velas coloridas (que por serem coloridas eram coisa ruim, kkkkkk) e imagens estranhas. Sim, era assim que eu imaginava ser o Terreiro e cheguei me perguntando “O que é que eu to fazendo aqui?”, mas logo após colocar meus pés pra dentro do Terreiro, já estava me sentindo em casa.
Chorei a gira inteira, até me escondia atrás do meu namorado de vergonha, mas era um choro tão gostoso, choro de emoção mesmo. Naquele momento eu fiquei muito feliz pois tinha acabado de encontrar “o meu lugar”.
Minha avó (que era como minha mãe) tinha desencarnado e desde então eu estava totalmente perdida. Já não seguia mais a religião em que fui criada, nada mais fazia sentido e derrepente eu estava ali, no meio daquela energia maravilhosa que eu não sei nem explicar direito o que sentia. Só sabia que estava realmente feliz.
Me apaixonei pela Umbanda e toda quinta-feira pra mim é uma alegria vestir o branco de corpo e alma e estar ali aprendendo, crescendo.
Passei por momentos muito difíceis e tive muito apoio e carinho dentro do Terreiro e por isso quero agradecer a todas as entidades maravilhosas que me deram uma palavra de conforto e força, a todos os meus irmãos de corrente que também me apoiaram, me abraçaram e me ajudaram a vencer.
Enfim, hoje permaneço pelo Amor e digo com todo orgulho que amo, amo e amo essa religião maravilhosa que faz parte da minha vida.
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