ENTREVISTA COM ATANAGILDO – PERGUNTA FINAL
Pergunta 7: Finalmente, sabemos que o irmão tem estado presente e assistido nossos trabalhos, havendo por nossa parte muita afinidade e carinho com o irmão. Pode o irmão deixar uma mensagem a respeito?
Ramatis: Alegramo-nos pelos irmãos certificarem-se de nossa presença em seu núcleo de atividades espirituais. Realmente onde vicejar o espírito amoroso, a compreensão fraternista, a boa vontade e o senso de universalidade que identifica o conhecimento espiritual superior nós ali também estaremos vivificando todas as tarefas em favor do ensino crístico.
Em verdade somos afinizados através do dobrar dos milênios. Juntos palmilhamos inúmeras estradas de curso redentor. Os vínculos de afeição espiritual que nos ligam ao pretérito significam laços indissolúveis irmanando-nos na marcha ascensional do espírito imortal. Prosegui irmãos nesse esforço modesto, porém certos de que um incêndio principia com uma faísca e um oceano pode ser produto de um fio d’água. Estaremos vinculados pela mesma ansiedade espiritual e a nossa presença há de ser o estímulo constante para o progresso e a realização dos sonhos venturosos. Oxalá, Jesus, o Amado Mestre, sempre nos inspire para a tarefa de servir e amar o próximo! Que a paz e o amor fique com todos.
Pai Caco: Aqui nesta questão final algo curioso aconteceu. A pergunta dirigida ao irmão Atanagildo foi respondida pelo maravilhoso espírito Ramatis. Não sabemos ao certo por que isso ocorreu, porém não nos causa espanto uma vez que os ambientes destinados ao trabalho sério e proveitoso estão sempre repletos de bons espíritos dispostos a nos conduzir pelo melhor caminho e a nos enriquecer com o melhor conhecimento e sentimento. Assim, Ramatis fez questão de confessar estar também presente nas reuniões daquele grupo mediúnico do qual o saudoso Pai Fernando fazia parte, participando ativamente de suas atividades. De todo o conteúdo da resposta uma frase e principalmente uma palavra nos chama atenção no pronunciamento de Ramatis. Ele diz: – “Oxalá, Jesus, o amado mestre…” Ao proferir o nome de Oxalá numa seção espírita Kardecista, sendo Oxalá sabidamente um Orixá da Umbanda, talvez Ramatis já estivesse dando uma pista sobre o que estaria por vir no percurso mediúnico do Pai Fernando. Não devemos esquecer que esta entrevista foi feita em 27/08/1967 (mil novecentos e sessenta e sete). Sim, isto mesmo, 1967, ou seja, há mais de 50 anos o Pai Fernando já estava entrevistando espíritos. Outro dia, numa gira de desenvolvimento, alguém me perguntou: – Pai Caco, um dia seremos bons médiuns? E eu respondi: – Sim, com certeza, basta continuarmos praticando a mediunidade por mais 50 anos.
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