Ameaça espiritual serve para configurar crime de extorsão
Eu costumo dizer que não respondo pela “Umbanda” e sim pelo “Terreiro Pai Maneco” já que a ausência de um regulamento nos autoriza a ter uma série de diversidade no ritual. No entanto, hoje peço licença para ir um pouco além do meu discurso.
Diversidade no ritual não pode ser confundida com ausência de fundamento. A Umbanda tem fundamento e um deles é a caridade.
Quando alguém lhe abordar para falar que você está precisando de um trabalho, duvide!
A Umbanda preza pelo livre arbítrio e jamais um médium irá procurar alguém para fazer trabalhos. Aliás, o médium que escolhe servir aos outros sabe que ao chegar em sua Casa sagrada terão dezenas de pessoas lhe esperando para serem atendidas, não precisa perder tempo para aliciar seguidores.
Mais do que isso, a Umbanda permite atender aqueles que lhe procuram. Sim, a força de um trabalho começa no pedido de ajuda.
O que acontece e infelizmente tem sido comum, são pessoas que usam do “místico” para dizer que a vida de alguém “não vai pra frente” por conta de um trabalho existente e que para isso se faz necessário contribuir com certa quantia.
Golpe, isso é golpe!
A Umbanda jamais fará algo em troca de alguma coisa, muito menos quantia pecuniária. Isso é mentira!
Os criminosos se utilizam desta fragilidade para extorquir pessoas e quem diz isso não sou eu só eu, é a justiça também.
Está aqui notícia do julgado que não me deixa mentir:
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunicação/noticias/Not%C3%ADcias/Ameaça-espiritual-serve-para-configurar-crime-de-extorsão
Pois, então, vai continuar acreditando que sua vida só irá caminhar depois de você se endividar para pagar algum trabalho religioso?
Antes de cair no golpe, procure uma Casa em que lhe receba para poder dar uma palavra de conforto, uma consulta esclarecedora e que tire das suas costas o peso de que se você não fizer algo, tudo dará errado.
Saravá!
Camila Guimarães
Em Curitiba eu lembro de um caso que ficou famoso http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/02/mae-de-santo-e-presa-suspeita-de-cobrar-por-trabalhos-espirituais.html
A estelionatária dizia que a entidade pedia dinheiro.