Pai Junior de Iemanjá
O Pai Junior de Iemanjá sempre gostou do espiritismo. Frequentou o centro espírita kardecista que seu avô fundou, por muito tempo. “Com o passar dos anos uma amiga começou a ter algumas manifestações em casa e notei que ela precisava de uma casa para se desenvolver, porém que o kardecismo não seria o lugar ideal. Começamos a procurar uma casa onde se praticasse a Umbanda. Conheci muitos terreiros, mas quando chegamos ao Terreiro Pai Maneco ficamos apaixonados pela casa. Eu não conhecia nada de Umbanda, mas quando percebi já estava de branco na gira”.
Hoje são 19 anos de religião, sendo 14 como pai de santo. Após ter sido feito Pai de Santo dentro do Pai Maneco, abriu sua casa em Cascavel e posteriormente com o retorno à Curitiba, abriu um terreiro em Quatro Barras. “Mesmo fora do espaço físico do TPM minha raiz sempre foi a do Pai Maneco. Após alguns anos fui convidado a retornar e tocar a gira de sábado”.
Entidades que trabalha:
Ogum: Caboclo Sete Mares; Oxóssi: Caboclo Araribóia; Xango: Caboclo Pedra Preta; Preto Velho: Pai Mathias e Pai Guiné; Erê: Erê Azulão; Cigano: Germano; Boiadeiro: Nó da Estrada; Marinheiro: Martins Pescador; Baiano: Zé Pelintra; Exu: Capa Preta das Sete Encruzilhadas.
Qual a melhor mensagem deixada em sua vida pelo Pai Fernando?
Certa vez perguntei ao Pai Fernando se existia uma religião certa, uma religião perfeita. Ele simplesmente me respondeu com as mesmas palavras que ele escreveu em seu livro: “ Todos nós temos a necessidade de uma religião, aqui, no mundo material, com a consciência de sabermos que todas são imperfeitas e que não cabe a nenhuma religião, o rótulo da Verdade. Cada um de nós deve se encaixar naquela que mais lhe agrada, tomando o cuidado com as que fogem dos princípios do amor e da caridade”. Eu guardo suas palavras para minha vida porque somos muitos criticados por nossa religião.
Cite uma história marcante com alguma entidade que trabalha.
Eu gosto muito das histórias do Pai Mathias. Em uma delas contou que trabalhava em um grande roseiral onde aprendeu a cuidar das mais belas e delicadas flores. Dizia que mesmo nos momentos de sofrimento onde tinha suas mãos cortadas pelos espinhos, sempre se encantava com as belas flores que colhia com suas mãos machucadas. Ele explica que por mais que exista um sofrimento em sua lida, levava beleza e a pureza pelas flores. Dessa forma ele ensina que mesmo no maior sofrimento de nossas vidas podemos encontrar beleza e pureza, seja na natureza ou nas pessoas. Pai Mathias nunca deixou de acreditar na vida.
Deixe uma mensagem para os filhos da casa:
A Umbanda nasceu para ser sentida e vivida. Para assim conhecermos a beleza da natureza, a simplicidade dos mais belos conselhos, alegria das mais puras almas e a força dos espíritos que estão mais próximos de nós.
Muito lindo sua trajetória pai que oxalá te de muita força e conhecimento para continuar a nós guiar com essas palavras q sempre nos da paz