Um sonho de Umbanda, Por Karin Galdi
Segunda-feira, 17/02.
Acordei emocionada, havia sonhado com Mãe Lucília e Seo Sete Ponteiras do Mar. Era dia de gira, entrei no salão principal. Médiuns e hierarquia formavam uma só corrente. As roupas eram muito brancas e ninguém usava as faixas coloridas. Atrás da corrente não havia paredes nem janelas, apenas uma luz cálida.
Dei a mão para um irmão e percebi que na outra extremidade estava a Mãe Lucília. Os médiuns continuavam entrando e se posicionando na corrente. Estranhamente, ninguém dava as mãos para mim ou para ela. Pensei: para a corrente fechar, eu e a Mãe Lucília daremos as mãos. E assim foi.
Senti que ela apertou minha mão com força, olhei para ela, mas quem estava ali era Seo Sete Ponteiras do Mar. Ele beijou as minhas mãos, as levou à sua testa e disse: filha, eu sou muito grato por você estar aqui.
Muito emocionada, chorando, beijei as suas mãos e lhe falei sobre a minha gratidão. Ele então, olhando bem nos meus olhos, conversou longamente comigo.
Acordei tomada por grande emoção, mas sem lembrar de uma só palavra que ele disse.
À noite, fui para a gira sem pensar mais nisso. Mãe Lucília chamou a falange de Seo Sete Ponteiras e tive a maravilhosa experiência de incorporar nesse momento. Depois, fui chamada pela Mãe Camila para Ogum de Ronda. Mesmo tendo nascido na Umbanda, sei que tenho muito a aprender, mas fui, tranquila e segura como jamais me sentiria se não tivesse tido aquela conversa com Seo Sete Ponteiras do Mar. Depois disso, não tento mais lembrar o que ele me disse. Não é preciso. É só ter fé. Saravá!
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