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A arte de cambonear

Com 17 anos na gira, sendo quase todos como cambone, a capitã Mirtes Rodrigues hoje é cambone da Mãe Lucília de Iemanjá, antes foi do Pai Fernando de Ogum.

Segundo ela, a importância do cambone para a Umbanda está no aprendizado que se pode adquirir com os espíritos, estando tão próximos.

Para Mirtes, um bom cambone deve manter sigilo das consultas, estar atento as consultas, aos espíritos e as orientações do TPM e conhecer ervas, banhos de descarrego e amalás.

“Cada pessoa tem seu desenvolvimento mediúnico, uns mais rápido, outros nem tanto, porém acho que um bom cambone será um bom médium de toco. É uma experiência maravilhosa. Aprender com os espíritos, sua magia, seus conselhos, a manipulação dos elementos. Não acho que exista maneira mais fácil de aprender”, diz.

Segundo Mirtes, cada gira tem sua forma de trabalho, porém qualquer pessoa que esteja na gira pode ser cambone, não precisa de muito preparo, precisa vontade.

“Eu camboneio há muito tempo, faço o que gosto. E cambonear sempre me deixa equilibrada, sempre me ensina e mostra a melhor forma de praticar a Umbanda que acredito”.

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