Grifos do Passado, Grifos do futuro
Tenho como ensinamento não abrir mão da consciência que o passado não existe e o presente deve ser bem cuidado porque dele depende nosso futuro.
Começo
Comecei a praticar espiritismo com vinte anos de idade, praticante de trabalhos espirituais kardecista não radical. Nesta trajetória participei de todos os tipos de trabalhos espíritas, muitos deles orientados por médiuns experientes e de renome. Materialização, transguração, doutrina, trabalhos de cura, encaminhamento de espíritos perturbadores, contato com espíritos de outros planetas, muita leitura e busca constante da experiência dos médiuns práticos que não se cansavam de transmitir seus conhecimentos foram a base em que construí o caminho que segui. Foi cheio de emoções. Um aprendizado pautado no bom senso e severa observação, para não confundir o certo com o errado.
não abro mão, nunca abri mão de uma Umbanda correta.
Aprendi tempos atrás que o médium é como o rádio: capta as comunicações espirituais, tal e qual o aparelho sintonizado na estação emissora.
Na era da informática, digo que o médium é tal e qual um computador: o espírito incorporado só consegue extrair o que está acumulado em seu depósito mental, desta e das vidas anteriores.
Você não pode fechar a porta pras pessoas, tem que deixar a porta sempre aberta – para elas saírem! (risos)
Sou fiel à Umbanda e tenho respeito por meus Orixás. Pratico uma Umbanda bem simples e ortodoxa.
Eu me atrapalho quando o governo resolve mudar para o chamado horário de verão, pois não sei se a hora grande será na meia-noite ou na primeira hora do dia seguinte. (risos)
Meio
Já me perguntaram se eu gosto de ser pai de santo. Refleti bem antes de responder armativamente. Se sou um é porque gosto. Na verdade não sei por quê. Na minha reexão descobri que antes eu tinha compromissos só com as entidades que eu trabalho, hoje tenho com todas que trabalham no terreiro. E as pessoas às vezes não entendem que eu sou igual a qualquer um, com todas as emoções, acertos e erros de um médium, e o que me difere é que sou talvez mais experiente e obrigado a cumprir o compromisso que assumi perante os espíritos que nos cuidam.
A Umbanda hoje é uma realidade, a Umbanda não tem retrocesso!
O mundo dos espíritos é um mundo paralelo. Então nós temos dois mundos aqui, o nosso e o dos espíritos. A gente está junto e é por isso que sente quando se dá uma integração.
Seu Tranca Ruas me disse uma vez: inimigo é no teu pé, não nas tuas costas. E eu levo isso a ferro e fogo! (Risos)
Fim
Não quero ter o remorso de nunca ter ensinado nada pra ninguém. O que eu aprendo, o que eu sei, eu falo. Antigamente era assim, a Umbanda era muito reservada, as pessoas não queriam falar. E eu não poderia permitir que as pessoas aqui quem sem conhecimento, que não haja uma continuidade do que nós pregamos, então tem que ensinar mesmo! A escola depois vai ser um negócio muito legal, mas muito bacana mesmo. Porque este é o correto: eu acho que tem que ensinar.
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