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A Umbanda é Minha História

por Giselle Quaesner

Siumara Wansaucheki, gira de segunda-feira, 2 anos no TPM.

“Só de família somos sete e me sinto muito bem. Desde o primeiro dia me identifiquei e é a nossa casa, não tem como não ser.”

Siumara veio ao terreiro junto com sua prima, Isabel, por indicação de uma amiga. Freqüentou a assistência por três anos, então resolveu entrar para a gira de segunda-feira.

Sua vinda ao terreiro não foi por acaso, mas por meio de uma mensagem transmitida pela falecida mãe de Isabel que continha uma charada: pedia para a filha trazer as meninas, no caso suas primas, para a casa da Galega. E a pessoa apelidada de Galega era a vizinha da família cujo marido chama-se Maneco. Logo surgiu em Siumara a ligação do nome Maneco com o Terreiro do Pai Maneco, que passou a frequentar e onde permanece até os dias de hoje com a família. “A gente começou a vir, participar, fiquei durante seis anos. Logo a minha irmã veio, depois a minha sobrinha. Hoje nós estamos na gira já vai fazer dois anos.”

Priscila R. Ricardo, gira de segunda-feira,1 ano e meio no TPM (sobrinha de Siumara).

“A minha vó era mãe de santo, então eu me criei dentro de terreiro. Desde quatro anos já frequentava, só que eu não sabia o que era vibração, como era incorporar.”

Mãe de três filhos, Priscila começou a frequentar o Terreiro do Pai Maneco por indicação de sua mãe, devido aos problemas com sono que a sua filha mais nova apresentava. Sua primeira visita foi à gira de sábado e depois à de segunda, pela qual se apaixonou. Sentia muita vibração e foi aconselhada por várias entidades a participar da corrente, o que a motivou a fazer os cursos e assinar sua presença na gira escolhida.

No entanto, seu conhecimento da Umbanda era herança de sua avó, praticante das leis espiritualistas. “Nas primeiras giras estava super nervosa porque não sabia se estava vibrando ou se estava passando mal. Aí incorporei a primeira vez Iansã e girei muito! Acabei ficando tonta, mas não caí.”

Taysa Rocio da Silva, gira de segunda-feira, 10 meses no TPM (sobrinha de Siumara).

“Não sabia nada do terreiro quando cheguei. Não sabia o que era vibração quando entrei na corrente. Não sabia nada, simplesmente entrei porque gostei.”

Proveniente de uma família com raízes umbandistas, Taysa sempre foi incentivada a participar das atividades do terreiro por sua mãe, vó e tia, mas nunca sentiu vontade de seguir os estímulos familiares devido ao preconceito que tinha pela religião.

Contudo, um dia resolveu deixar esse preconceito de lado e veio ao Terreiro do Pai Maneco, na gira de segunda-feira, para ver como funcionava a doutrina e se apaixonou. Desde então não faltou mais nenhuma gira, tirou o obi, assinou as sete vezes, mas a corrente já havia excedido o número de médiuns. Não desistiu e foi pedir uma oportunidade para a mãe pequena Camila. “Pedi para a Mãe Camila, ela conversou com o Pai Fernando e ele me mandou vir fazer o amaci no girão. Fiz o amaci, estou aqui hoje no terreiro. Não sabia nada do terreiro quando cheguei. E agora estou aqui, pegando mais firmeza nas minhas entidades.”

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